Novo tratamento de HIV em comprimido único começa a ser distribuído pelo SUS

O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira (09/01), a distribuição de 5,6 milhões de unidades de um novo medicamento utilizado no tratamento do HIV. O Dovato, é um remédio que une duas drogas diferentes em um comprimido único, o Dolutegravir e a Lamivudina, e é tomado em apenas uma dose. É esperado que a medicação melhore a qualidade de vida dos pacientes que possuem o vírus.

Antes, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, os usuários ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária.

Neste momento, no entanto, devido a atual disponibilidade do medicamento, a migração de uso da terapia com dois comprimidos para apenas um deve acontecer de forma gradual e contínua, obedecendo aos seguintes critérios: Idade igual ou superior a 50 anos; Adesão regular; Carga viral menor que 50 cópias no último exame; Ter iniciado a terapia dupla até 30/11/2023.

Os critérios para ampliar o público contemplado no novo modelo de tratamento poderão ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede. O tratamento com tal medicação será fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o remédio em novembro de 2021, e desde setembro do ano passado, o Ministério da Saúde já informava ao público que a droga chegaria aos pacientes.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2017 e 2021, a Aids, doença causada pela infecção do vírus HIV, foi a causa básica da morte de 59 mil pessoas no Brasil. Em 2022, foram diagnosticados 36.753 casos da enfermidade. É esperado que agora, com a nova medicação, ocorram melhorias na adesão de pacientes, na redução de pessoas que abandonam o tratamento e no controle de doenças oportunistas, segundo o Conselho Federal de Farmácia.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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