Mardi Gras: Polícia é barrada em evento LGBTQ+ após agente ser acusado de matar casal gay

A polícia de Nova Gales do Sul (NSW) foi solicitada a não marchar no desfile do Mardi Gras deste ano, em Sydney, na Austrália. Os policiais não serão mais bem-vindos como parte do desfile do Mardi Gras de Gays e Lésbicas de Sydney no sábado (2 de março), depois que o policial Beau Lamarre-Condon foi acusado pelo assassinato do casal gay Jesse Baird e Luke Davies, informou a ABC News.

Em comunicado, a diretoria do Mardi Gras disse que a decisão “não foi tomada levianamente”, mas que a comunidade LGBTQIA+ “precisa de espaço” para lamentar as mortes de Jesse e Luke. Os organizadores explicaram que, apesar de alguns agentes fazerem parte da comunidade, a sua participação no desfile poderia causar angústia depois de Lamarre-Condon ter sido acusado na última sexta-feira (23/02).

“O Sydney Mardi Gras, juntamente com as comunidades LGBTQIA+ em todo o país, foram devastados pela perda de Jesse Baird e Luke Davies, cujas vidas foram interrompidas”, disse o conselho em comunicado nesta segunda-feira (26/02). “Nossa comunidade precisa de espaço para lamentar a perda de Jesse e Luke que, antes dessa tragédia, estariam aqui comemorando conosco no festival. A diretoria tomou a decisão de solicitar que a polícia não marche no desfile de 2024.”

Em resposta, um porta-voz da polícia disse: “Embora decepcionado com este resultado, a Polícia de Nova Gales do Sul continuará a trabalhar em estreita colaboração com a comunidade LGBTQIA+ e permanecerá comprometida em trabalhar com os organizadores para fornecer um ambiente seguro para todos aqueles que participam e apoiam o desfile deste sábado”.

A polícia ainda está procurando os corpos de Baird, de 26anos , e Davies, de 29, depois que a dupla desapareceu no dia 19 de fevereiro. Lamarre-Condon, de 28 anos, foi preso e acusado depois de se entregar. “Nossa prioridade número um é localizar Jesse e Luke, para dar algum consolo às famílias”, disse David Hudson, vice-comissário da polícia de Nova Gales do Sul.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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