Senador bolsonarista é criticado por conservadores após flagra curtindo show da Madonna no Rio
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Felipe Sousa- 0
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O senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC) e a esposa, Catiane Seif, assistiram ao show da Madonna, que aconteceu neste sábado (04/05), na praia de Copacabana (RJ). A presença do casal na área vip do local gerou críticas da base conservadora, que definiu o show histórico como “satânico” e “pornográfico”.
“Eu não passo pano. Gosto muito do senador e (estou) sinceramente chocada”, criticou um usuário da rede social X (antigo Twitter). “Ué, conservadores de segunda a sexta, liberais nos costumes (no) fim de semana”, ironizou outro.“O cara vem com esse papo furado de senhor, mas faz acordo com satanás e vai ao show da Madona”, comentou uma pessoa em uma foto do senador com a esposa.
O cientista político ligado à direita Silvio Grimaldo criticou a presença da mulher do senador no show que, segundo ele, contradiz os valores que deveria representar. “Catiane Seif, esposa do Senador que levou o marido no show da Madonna, é vice-presidente do PL Mulher de Santa Catarina!”, disse Grimaldo. “Como ela pode representar as mulheres conservadoras de SC prestigiando a indústria que mais degrada a figura da mulher, da mãe e da esposa? Madonna é antítese de tudo que deveria representar o PL Mulher. É a negação da mulher!”, acrescentou.
Em um áudio ao qual o jornal Metrópoles teve acesso, o senador Seif explicou que sua presença no show foi um pedido de sua esposa, que é fã de Madonna. Irritado, Seif reclama das críticas e nega ter ido a Copacabana “fazer o L”. Ele comparou o show de Madonna aos artistas nacionais da música serteneja Zé Neto e Cristiano e Gustavo Lima.
“Ninguém imaginava que um show que se chama ‘Celebration‘, ou seja, celebração da carreira para ouvir música, como a gente vai no Zé Neto e Cristiano, como a gente vai no Gustavo Lima (…) Chegou lá, virou um palco político, ideológico, partidário. Quer dizer agora que eu fui em Copacabana ‘fazer o L?’“, questionou o político, que garante ter abandonado o show antes do fim.
“Eu sei. Pode me chamar de burro, inocente, tolo. Pode chamar, você tem todo o direito, porque eu realmente não vi maldade. Imaginei que fosse num show de música ouvir música. O que a gente fez? Fiquei 40 minutos com ela diante do palco e quando começou o show de horrores a gente saiu fora”, afirmou.
