Homem é encontrado morto em lixão após marcar encontro em app de namoro gay no ES

A morte do instrumentador cirúrgico Luciano Martins, de 46 anos, reacende o alerta sobre os riscos de encontros feitos por meio de aplicativos de relacionamento. A vítima, que foi encontrada morta em um lixão no último domingo (23/06) no bairro Civit, na Serra, na Grande Vitória (ES), teria marcado um encontro antes de desaparecer na sexta-feira (21/06). Luciano foi morto a tiros, segundo a Polícia Militar.

O sumiço foi notado inicialmente pela sobrinha na manhã seguinte, que percebeu a casa revirada e sem alguns itens. “Ele marcou esse encontro com uma pessoa, trouxe essa pessoa desconhecida para dentro de casa. Eles provavelmente tiveram algum tipo de relação e, logo depois, a pessoa armada acabou coagindo ele a sair de casa com o carro e levou até um local isolado”, relatou um dos amigos, que não quis se identificar, ao G1. “A sobrinha acordou no sábado de manhã e viu várias coisas estranhas. O carro não estava na garagem. Ele usava óculos e usava uma órtese na perna porque tinha dificuldade de locomoção após um acidente de moto. Essas coisas estavam todas jogadas no quarto, que também estava trancado. Para ela conseguir entrar, ela teve que pular a janela”, explicou o rapaz.

Os amigos de Luciano conseguiram desbloquear o e-mail dele. Com isso, encontraram o local onde o corpo foi deixado. Eles também perceberam movimentações nas contas bancárias da vítima. “A gente conseguiu ver quais aplicativos foram usados. Então, foram usados antes do crime, vários aplicativos relacionados a contas bancárias. Provavelmente, ele foi coagido a fazer alguma transferência e depois foi morto dessa forma hedionda”, finalizou.

O amigo de Luciano ainda disse que o profissional era uma pessoa muito querida e fez um alerta para quem usa aplicativos de relacionamentos. “É preciso ter todo o cuidado possível, como não trazer pessoas estranhas para dentro de casa, procurar conversar, procurar saber todas as informações antes, procurar marcar encontros em locais neutros, que tenham pessoas, movimento”, disse amigo que não quis se identificar.

Segundo a polícia, a vítima estava com pernas e braços amarrados e com uma toalha cobrindo olhos, nariz e boca. Além disso, tinha duas marcas de tiros no rosto e foi esfaqueado no peito e na cabeça. O caso está sendo investigado pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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