Ex-gerente da Starbucks processa empresa por demissão alegando “discriminação reversa” por ser hétero

Um ex-gerente da Starbucks está processando a rede de cafeterias por discriminação, retaliação e inflição intencional de sofrimento emocional, alegando que foi alvo de assédio “extremo e ultrajante” no local de trabalho por ser heterossexual. Christopher Thevanesan, de 47 anos, que se descreve como um “heterossexual típico” de Rochester, Nova York, afirma que seus supervisores o trataram de forma “materialmente diferente” em comparação com colegas que não eram homens heterossexuais. A ação judicial, movida sob a Lei de Direitos Humanos do Estado de Nova York, foi entregue à Starbucks no final de fevereiro e obtida pelo The Independent.

De acordo com o processo, Thevanesan era um “funcionário modelo” que cumpria suas funções de maneira exemplar, mas teria enfrentado um ambiente de trabalho “hostil” criado por colegas LGBTQIAPN+. Ele alega que, ao reclamar do tratamento discriminatório, foi demitido sob alegações de violações não especificadas, que seu advogado, Neil Flynn, descreve como “pretextos” para encobrir a verdadeira motivação. Flynn afirmou ao Independent que a heterossexualidade de Thevanesan foi “usada como arma contra ele”, caracterizando o caso como um exemplo de “discriminação reversa”.

A denúncia acusa a alta gerência da Starbucks de negligência ao não supervisionar adequadamente os funcionários, permitindo que Thevanesan fosse exposto a um assédio “tão extremo e ultrajante que é inaceitável na sociedade contemporânea”. Embora o processo não detalhe exemplos específicos do assédio sofrido, ele afirma que o ex-gerente foi alvo de comportamentos hostis devido à sua orientação sexual e gênero. Thevanesan também alega que a empresa falhou em investigar suas queixas, criando um ambiente que culminou em sua demissão injusta em fevereiro de 2022.

Além dos danos emocionais e psicológicos, Thevanesan afirma ter sofrido prejuízos econômicos e até mesmo “danos físicos sérios e permanentes”. Ele busca indenizações compensatórias, punitivas e estatutárias, além do pagamento de honorários advocatícios, tanto da Starbucks quanto de cinco ex-colegas de trabalho. Atualmente, o ex-gerente mudou de carreira e trabalha em um banco. A Starbucks, por sua vez, ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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