Parque da Cidade, em Brasília, vira ‘point de pegação’ entre homens em busca de rapidinha

As noites no Parque da Cidade, em Brasília, têm sido marcadas por encontros sexuais anônimos e frenéticos em uma área conhecida como “Castelinho do Sexo”. Enquanto corredores e ciclistas encerram seus treinos, grupos de homens aguardam a chegada das 19h para iniciar as atividades libidinosas atrás dos brinquedos infantis. O local, que antes concentrava a ação no estacionamento, foi fechado, levando o público a migrar para esse novo ponto, onde a troca de olhares e frases como “curte o quê?” bastam para iniciar o sexo rápido e voraz.

De acordo com a coluna Na Mira, do Metrópoles, o ritual começa com homens – vestidos de forma casual ou esportiva – circulando pelo local em busca de parceiros. À medida que a escuridão avança, os sons de gemidos e surubas se intensificam, especialmente sob a copa de uma mangueira, onde grupos se reúnem para sexo coletivo. Relatos descrevem cenas de até dez homens participando de orgias, com práticas que vão desde sexo oral até masturbação coletiva em formato de “roda da bronha”. A diversidade etária é grande, com jovens de 20 anos dividindo o espaço com senhores acima dos 60.

“Conforme o público masculino caminha escuridão adentro, o epicentro dos sons libidinosos fica cada vez mais próximo. Abrigados pela copa de uma mangueira, quatro homens, todos nus da cintura para baixo, protagonizam a suruba mais selvagem da noite, com diversas ‘empurradas'”, diz trecho da publicação. Ao amanhecer, as evidências das noites de excesso ficam expostas: o gramado fica repleto de camisinhas usadas e embalagens de preservativos.

Um funcionário do parque, que preferiu não se identificar, revelou que há dias em que é possível encher um saco de lixo só com os descartes do local. Apesar da movimentação intensa, a prática de sexo em espaço público é crime previsto no Código Penal, enquadrado como “ato obsceno”, com pena de 3 meses a 1 ano de detenção ou multa.

A Secretaria de Esporte e Lazer do DF afirmou que está acionando os órgãos competentes para coibir essas ações, enquanto a PMDF planeja reuniões com a administração do parque para reforçar estratégias de fiscalização. O administrador do local, Todi Moreno, destacou que estão sendo instaladas novas câmeras e melhorias na iluminação para aumentar a segurança.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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