Você conhece a Coligay? A 1ª torcida gay do Brasil vai virar série e promete emocionar dentro e fora dos estádios
Antes mesmo de “orgulho LGBTQIA+” virar bandeira nas arquibancadas, um grupo de torcedores do Grêmio já fazia história no Brasil. Em 1977, em plena ditadura militar, nascia a Coligay, a primeira torcida organizada assumidamente gay do país. Agora, quase meio século depois, essa história vai virar série no Canal Brasil — e promete emocionar dentro e fora dos estádios.
Com quatro episódios, a produção é dirigida por Paulo Machline e estrelada por Irandhir Santos, com roteiro assinado por Patrícia Cardoso, Raul Perez, Fernando Américo e Luiz Filipe Noé. As gravações acontecem em Porto Alegre, produzidas pela +Galeria e pela Ventre Studio, e devem ser lançadas ainda em 2025.
Fundada pelo empresário e gerente de boate Volmar Santos, a Coligay surgiu em uma época em que futebol e homossexualidade pareciam mundos opostos. Inspirada no nome do clube e da boate “Coliseu”, a torcida desafiou o preconceito com plumas, paetês e muito orgulho — e acompanhou o Grêmio em diversos jogos, quebrando paradigmas e colorindo as arquibancadas com liberdade.
A história da Coligay já inspirou livros, documentários e pesquisas, e agora ganha uma nova leitura televisiva que reforça o papel do grupo como símbolo de resistência e representatividade. O Nexo Jornal descreve a torcida como “um movimento pioneiro que desafiou o machismo e o conservadorismo do futebol brasileiro”.
Mais do que relembrar o passado, a série mostra que diversidade e paixão podem — e devem — ocupar todos os espaços. Porque se a Coligay já cantava nos estádios nos anos 1970, o recado segue atual: ninguém mais precisa torcer escondido.

