Um em cada três homens gays e bissexuais se sentem inseguros em casa durante pandemia

De acordo com uma nova pesquisa realizada pelo aplicativo Hornet, um em cada três homens gays e bissexuais relatam se sentir vulneráveis em casa durante o período de isolamento social do coronavírus. Divulgada nesta terça-feira (12/05), a pesquisa global encomendada pela Thomson Reuters Foundation envolveu 3.500 participantes.

De acordo com o levantamento, 30% dos quase 3.500 entrevistados, incluindo homens trans, disseram que se sentem inseguros física ou emocionalmente em suas próprias casas. “Pense em como é ter 21 anos e viver com uma família que não apoia e constantemente o pressiona a casar com uma mulher. Temos que nos desafiar a pensar em como apoiar as pessoas em ambientes onde elas se sentem inseguras”, afirmou Alex Garner, estrategista sênior de inovação em saúde da Hornet.

O aplicativo enviou o questionário para seus 30 milhões de usuários em todo o mundo, com 18% das respostas provenientes do Brasil, outros 10% da França e da Rússia, respectivamente, e 9% da Turquia. Muitos disseram que os bloqueios afetaram sua saúde mental, com 72% experimentando ansiedade desde o início da pandemia e 24% se sentindo muito solitário. Garner espera que a comunidade LGBTQIA+ se mobilize, como fizeram durante a epidemia de HIV/Aids nas décadas de 1980 e 1990. “Homens gays e bissexuais têm as habilidades necessárias para superar isso, mas precisamos priorizar a saúde mental de nossa comunidade LGBTQ”, ressalta.

Will Nutland, co-fundador da PrEPster, uma organização britânica de saúde sexual LGBT+, conta que a verdadeira escala de problemas de saúde mental só será revelada após a pandemia passar. “Se pensarmos que temos problemas de saúde mental agora, espere até o fim do bloqueio. Veremos transtornos de estresse pós-traumáticos, não apenas da comunidade LGBTI+, mas da sociedade como um todo. As consequências disso serão enormes”, aponta.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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