Relatório revela taxas alarmantes de uso de cigarros eletrônicos entre pessoas LGBTQIAPN+

Um novo relatório do cirurgião-geral dos Estados Unidos, publicado na terça-feira (19/11), revelou que pessoas gays, lésbicas e bissexuais estão utilizando cigarros eletrônicos em taxas significativamente mais altas do que seus pares heterossexuais. De acordo com os dados, quase 38% dos adultos GLB já experimentaram cigarros eletrônicos, em comparação com apenas 16,5% da população heterossexual.

Entre os bissexuais, a taxa de uso é ainda mais alarmante, atingindo 46,7%, enquanto os homens gays e as mulheres lésbicas registraram 31,8% e 26,7%, respectivamente. O estudo, que analisou dados de 2019 a 2021, destaca uma tendência crescente entre jovens LGBTs, especialmente no ensino médio, onde mais de 56% dos estudantes gays, lésbicas ou bissexuais relataram já ter utilizado o dispositivo, contra 49,8% dos heterossexuais. A pesquisa destaca que o uso de tabaco, especialmente por meio de cigarros eletrônicos, continua a ser uma ameaça à saúde pública, com consequências desproporcionais para as comunidades LGBTQIA+.

Kristy Marynak, consultora científica sênior dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), afirmou que a epidemia de uso de tabaco representa um risco significativo para a saúde dessas comunidades, que já enfrentam uma série de desigualdades de saúde. A especialista também alertou para o impacto da nicotina, que, apesar de ser um componente essencial nos cigarros eletrônicos, é altamente viciante e representa um risco potencial para o desenvolvimento de doenças crônicas a longo prazo. Embora os cigarros eletrônicos ainda sejam relativamente novos e sua pesquisa a longo prazo seja limitada, especialistas destacam a urgência em abordar esse problema.

O relatório revela que quase uma em cada cinco mortes nos EUA é atribuída ao uso de tabaco, e a população LGBTQIAPN+ tem enfrentado um fardo desproporcional. A falta de estudos conclusivos sobre os riscos da vaporização não diminui os cuidados necessários em relação ao aumento da prevalência do uso entre LGBTs e a necessidade urgente de políticas públicas de saúde que atendam essas questões.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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