“Não pode fazer o gay virar chacota por ele ser gay”, diz Fábio Porchat sobre os limites do humor

Diferente de outros colegas de profissão, Fábio Porchat acredita que deva haver limite para o humor. Em recente entrevista à revista Quem, o humorista afirmou que não é possível censurar o humor, mas existem ressalvas e limites.

“Vai do bom senso. Você não pode incitar ódio, violência, inventar coisas sobre uma pessoa… Estes são os limites e estamos aprendendo a lidar com eles”, disse o humorista. “Se você assiste um negócio de dez anos atrás, é mais difícil dar risada. Temos que ver como o mundo está caminhando e como poder brincar com isso, sem ofender ninguém. As pessoas falam: ‘Ah, mas eu não posso mais contar piada de gordo?’. Claro que pode, mas não do jeito que se fazia há 20 anos. Você não pode mais diminuir e humilhar as pessoas. Não pode fazer o gay virar chacota por ele ser gay”.

Ainda na entrevista, Porchat também comentou sobre o uso de palavrões em piadas. “É óbvio que quando você faz uma coisa bem feita e dá muita audiência é gostoso também. Mas sem apelação. Palavrão pode ser uma apelação. Quando o palavrão é piada, é apelativo. Quando o palavrão está inserido em uma piada, eu não acho que é. Se estou contando uma piada e ninguém ri, aí eu falo (o palavrão) e todo mundo cai na risada, isso não é inteligente”, diz.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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