Família cria vakinha online para comprar remédios a jovem lésbica brutalmente espancada em 2019
Foto: Arquivo pessoal
Thaylanne Costa Santos, de 18 anos, foi brutalmente agredida em outubro de 2019, enquanto voltava de bicicleta após uma festa, na cidade de Formosa (GO). Na ocasião, três homens a cercaram e utilizaram um facão, uma barra de concreto e um pedaço de pau para agredi-la na cabeça. Segundo a mãe, enquanto agrediam a filha, os homens proferiram frases como “Sapatão tem que morrer mesmo”.
“Ela ficou banhada de sangue. O corte na nuca dava pra ver o osso. O rosto dela inflamou tanto que reabriram a ferida e encontraram farpas da madeira e britas de concreto”, disse Luciana Costa Santos, mãe de Thaylanne, em entrevista ao UOL. Por conta da agressão, ela perdeu 14 dentes, teve o maxilar quebrado e um corte profundo em sua nuca. Thaylanne foi encontrada desacordada sob uma poça de lama, horas depois do ataque. “Ela ficou com transtorno psiquiátrico. Ela fala com dificuldade e às vezes não diz coisa com coisa. Ela se esquece das nossas conversas e a coordenação motora ficou lenta”, disse Luciana sobre as sequelas da filha.
Segundo a mãe, Thaylanne ainda está sendo medicada com 5 remédios controlados, dos quais apenas 2 são fornecidos pelo SUS. Os outros três são financiados pela própria mãe da garota, que desembolsa R$400 pelos medicamentos. Para ajudar nos custos, a família iniciou uma campanha de vaquinha virtual.
Após um ano desde a ocorrência do ataque homofóbico, Thaylanne ainda aguarda um parecer da Justiça sobre o caso de homofobia, e nenhum dos suspeitos identificados pela jovem vítima de lesbofobia está preso. De acordo com Luciana, um dos sujeitos chegou a ser apreendido dia depois do ataque, mas foi liberado por não ter sido pego em flagrante e falta de provas que o incriminassem.