Heterossexual, cantor e DJ Moby diz que gostaria de ser gay: “Acho que muita gente se sente assim”

O cantor e DJ norte-americano Moby, de 55 anos, deu uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em que tratou diversos assuntos, entre eles, sua orientação sexual e a heterossexualidade e masculinidade tóxicas. O artista, que está lançando um disco e um documentário, também afirmou que “a vida toda tentou ser gay” e ainda criticou políticos da extrema-direita como Jair Bolsonaro e Donald Trump.

Moby revelou que durante a sua adolescência sempre “tentou” ser gay. “Quando eu tinha 18 ou 19, eu tinha muitos amigos gays e a gente ia muito a clubes gays em Nova York. Eu pensava ‘será que posso aprender a ser gay?’. Sentia que me conectava muito mais com a cultura gay, apesar de ser hétero. Acho que muita gente se sente assim, especialmente nos EUA“, disse ele à Folha. “Quando você olha Donald Trump e pessoas colecionando armas, assistindo corridas Nascar e vendo a Fox News, se isso é a cultura hétero, a cultura gay começa a parecer muito atraente”, completou ele.

Sobre o atual momento político que o mundo atravessa, o artista afirma que é tudo muito “aterrorizante”. “Tudo que posso dizer sobre o presidente Bolsonaro é ‘sinto muito’. Em termos mundiais, é aterrorizante o que está acontecendo. Tantos líderes eleitos sem interesse em democracia, mas em tirania. Erdogan [Turquia], Duterte [Filipinas], Putin [Rússia], BolsonaroTrump se foi, ou seria incluído nessa lista também. Nos anos 1990 a gente achava que a democracia havia ganhado. E hoje a maioria dos países é não democrática ou em vias de se tornar. Brasil ainda é uma democracia, mas você pode facilmente dizer que Bolsonaro gostaria de ser presidente para o resto da vida“, disparou.

Eu sei que os brasileiros estão lutando como nós lutamos aqui [para tirar Trump da Casa Branca]. Então, boa sorte com o resto do seu apocalipse“, finalizou o artista.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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