Com dois mortos, tiroteio em bar gay na Noruega foi ato de “terrorismo islâmico”; parada do Orgulho é cancelada

A polícia da Noruega anunciou neste sábado (25/06) que investiga o ataque a tiros em um bar gay de Oslocomo um ato de terrorismo extremista islâmico. Duas pessoas morreram e 21 ficaram feridas. Devido ao atentado, organizadores cancelaram a parada do Orgulho LGBTQIA+ que aconteceria na cidade.

O suspeito pelo atentado, Zaniar Matapour, de 42 anos, foi preso minutos depois dos oficiais chegarem ao local. Chefe-interino do Serviço de Segurança da Polícia Norueguesa, Roger Berg afirmou que o suspeito tem um “longo histórico de violência e ameaças” e problemas de saúde mental. Segundo Berg, o atirador era monitorado pelas autoridades desde 2015 porque mantinha contato com uma rede islâmica, e havia preocupação quanto a sua radicalização. Membros da agência norueguesa conversaram com ele no mês passado, mas não consideraram na época que ele tinha “intenções violentas“. Por ora, acredita-se que ele tenha agido sozinho, mas a polícia ainda investiga se teve ajuda para preparar o ataque.

O ataque aconteceu na noite desta sexta (24/06). A cena do crime se estendeu do London Pub, um popular bar frequentado por pessoas LGBTQIA+ no centro da cidade, até um clube vizinho e uma rua próxima. O ato de violência resultou na morte de dois homens – um na faixa dos 50 anos e outro com por volta de 60 anos. Outras 10 pessoas foram feridas gravemente, mas não correm risco de morte. Onze outros frequentadores também foram atingidos, mas sem gravidade.

Por conta do ataque, a Parada LGBTQIA+ anual da cidade, que aconteceria este sábado (25/06), foi cancelada. A polícia recomendou ainda o cancelamento de todas as celebrações que aconteceriam este fim de semana em decorrência do mês do Orgulho. Os investigadores também suspeitam de crime de ódio. “Em breve estaremos orgulhosos e visíveis novamente, mas hoje marcaremos as celebrações do Orgulho Gay em casa“, declararam os organizadores da Parada.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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