Polícia investigará denúncia de homofobia contra professor que apoiou ataque a creche

Um professor de Joinville está sendo investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina após ser gravado em sala de aula apoiando o ataque a creche de Blumenau, que deixou quatro crianças mortas. Em vídeo feito por alunos, o docente elogia o massacre e diz: “mataria uns 15, 20. Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”. A declaração, feita na última terça (04/04) e divulgada em vídeo pelo portal Brasil Fede Covid, gerou uma grande revolta em pais e alunos da Escola Estadual Georg Keller.

De acordo com os alunos, a turma ficou sabendo do ataque e passou a conversar sobre a tragédia. Foi quando o professor entrou na conversa e afirmou que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”. Alunos contam que já denunciaram o mesmo professor por comentários preconceituosos e de ódio, incluindo casos de racismo, homofobia, misoginia e apologia ao suicídio. Segundo a Polícia Civil, as denúncias serão averiguadas e distribuídas paras as unidades policiais correspondentes. A Polícia Civil de Joinville abriu inquérito para apurar o caso e, nesta segunda-feira (10/04), o educador, a direção escolar e testemunhas envolvidas no caso foram intimados para prestar depoimento, informou o portal NSC Total.

No último domingo (09/04), a Justiça de Santa Catarina acolheu um pedido da Polícia Civil para que o educador fosse afastado do trabalho na escola George Keller. Ele também terá de usar tornozeleira eletrônica. Além da tornozeleira, ele está proibido de dar aula em qualquer escola e também de manter contato (por qualquer meio de comunicação) com estudantes que tenham sido seus alunos ou presenciado os fatos denunciados. Ele também não pode chegar a menos de 50 metros dos estudantes ou de qualquer escola, seja ela pública ou particular.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SED) de Santa Catarina disse que “está tomando todas as medidas cabíveis” e fará a “verificação dos fatos para dar andamento ao processo“. “A SED salienta que, visando o fortalecimento socioemocional, o currículo catarinense trabalha com competências e habilidades que ampliam o respeito e a empatia na sociedade. As coordenadorias regionais também contam com profissionais como psicólogos e assistentes sociais, que compõem o Núcleo de Prevenção às Violências Escolares (NEPRE), para dar suporte às escolas e estudantes.”

Confira o vídeo

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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