Mãe abandona igreja evangélica após pastor dizer que filho gay “tinha demônio”: “Para apoiar meu filho”

A auxiliar de limpeza Cátia Vedeschi parou de frequentar uma igreja evangélica em São Paulo após o pastor do templo religioso condenar o filho dela, Guilherme, de 23 anos, porque ele se assumiu gay. A auxiliar de limpeza conta que não perdeu a fé e continua orando em casa, mas não quis mais frequentar os cultos em apoio ao filho.

“Eu era evangélica, mas como o pastor falava que meu filho tinha demônio, eu preferi sair da igreja para apoiar meu filho”, disse ela, em entrevista ao “Profissão Repórter”, exibido na última terça-feira (28/06). Cátia faz parte do coletivo “Mães Pela Diversidade“, o qual foi criado em 2014 por mães de filhos LGBTQIA+. O projeto trabalha com uma rede de apoio às mulheres e tem como objetivo conscientizar a população contra o preconceito. Já Guilherme trabalha como maquiador e ainda mora com a mãe. Ele disse que o processo de descoberta para ela foi difícil, mas que a mãe soube lidar bem com a situação.

“Ela falava que ia estar comigo independente de qualquer coisa. Tem muitas pessoas LGBTQIA+ que tem mães religiosas, mas as mães não querem saber. Tipo: ‘É essa a minha opinião, eu não vou te respeitar, eu não vou te aceitar e acabou’. Estou feliz de poder falar que tenho uma família que me respeita”, destacou o jovem.

Segundo ele, a decisão de deixar de ir para a igreja foi exclusivamente de Cátia, sem sua influência. A auxiliar de limpeza chegou a acompanhar o filho na Parada do Orgulho de São Paulo. O evento foi realizado em 19 de junho, na Avenida Paulista. “A primeira que a gente foi ele tinha 18 anos, quando ele pediu pra ir, de presente de aniversário“, contou ela.

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