A Roupa do Gabriel Santana incomodou muita gente… mal-amada, mal resolvida e invejosa

O figurino para o show da final do BBB 23 de Gabriel Santana dividiu opiniões. Mas as opiniões não são o problema, porque todo mundo tem o direito de achar bonita ou feia uma roupa. O que é um problema são ataques disfarçados de opiniões, sobretudo de quem poderia estar ciente, embora todo mundo devesse, de que roupa não tem gênero: os gays.

O ex-brother compartilhou seu look nas redes e imediatamente os comentários depreciativos vieram em forma de tiroteio. Nem deu tempo de respirar e ele já estava sendo comparado a uma carroceria de caminhão coberto por uma lona preta. Só a publicação do Choquei tem 7 milhões de views e traz no título “quebrando os tabus”.

No Twitter, o compararam com os personagens da saga Matrix, com a irmã de Úrsula, da animação A Pequena Sereia 2, e também apontaram semelhanças com os super-heróis da DC Comics. “Filho do Batman com Robin?”, “É Matrix?”, sempre colocando em dúvida a escolha e o gosto de Santana, bem como a criação do estilista.

“Não entendo porque ele só aparece assim na TV. Quando está nas festas sem câmera por perto o look é calça jeans e camiseta, tal qual todos os héteros”, questionou um usuário da plataforma. Deve ser porque ele pode usar o que quiser no local que quiser e não se está amarrado a padrões estéticos de dress code? Ou porque ele se sente livre para transitar pela arte que a moda carrega?

As brincadeiras com o aspecto de sua roupa abriram espaço parta críticas severas como “Que sujeito patético” e “Não entendo nada de moda, mas é sério que tem gente que acha isso bonito?” e “Que bizarro, um gay se vestir assim”. Mas eis a questão: qual o privilégio de ser LGBT se não ser livre para se expressar através do que veste?

Gabriel Santana, que se declarou bissexual dentro da casa, está apenas ratificando que o caminho é longo e que vai receber ataques da comunidade antes dos que vem da sociedade cishétero, dobrando o tamanho da sua luta, aos 23 anos. E Não precisava, porque nossa obrigação é respeitar as escolhas, mas parece que essa exigência não funciona pra gente mal-amada, mal resolvida e invejosa.