Novo estudo aponta que o Twitter se tornou a rede social mais perigosa para usuários LGBTQIA+

Twitter está mais perigoso para membros da comunidade LGBTQIA+. Divulgado na última quinta-feira (15/06) pela GLAAD, organização de direitos da comunidade, um novo relatório, que também investigou Facebook, Instagram, TikTok e YouTube, apontou que a rede social Elon Musk se tornou a mais perigosa para pessoas LGBTs.

O terceiro relatório anual do Social Media Safety Index (SMSI) analisou as cinco plataformas no que diz respeito à aplicação de política para abordar o discurso de ódio contra a comunidade LGBTQ online. Segundo a CEO e presidente da GLAAD, Sarah Kate Ellis, essas mensagens “tem um impacto descomunal na violência do mundo real e na legislação anti-LGBTQ”. “O conteúdo desumanizador anti-LGBTQ nas mídias sociais, como a desinformação e o ódio, tem um impacto enorme na violência no mundo real e na legislação anti-LGBTQ nociva, mas as plataformas de mídia social muitas vezes não conseguem aplicar suas próprias políticas em relação a esse conteúdo“, ressalta Sarah.

A plataforma SMSI Platform Scorecard da GLAAD analisa a segurança, privacidade e requisitos de expressão nas cinco redes sociais, com base em 12 indicadores LGBTQ. Esses indicadores incluem políticas específicas contra discurso de ódio e assédio, opções de colocar pronomes em perfis e proibição de anúncios discriminatórios. Em um esquema de pontuação de 100 pontos, onde o 0 significa o menos seguro, o levantamento deste ano apontou que o Twitter (33) teve o pior desempenho entre as plataformas, ficando atrás do Youtube (54), Tiktok (57), Facebook (61) e Instagram (63).

Em todos os aspectos, o relatório constatou que as plataformas têm moderação de conteúdo inadequada, algoritmos “nocivos e polarizadores” e uma “falta geral de transparência e responsabilidade” na proteção das comunidades marginalizadas em risco de ódio e assédio. O relatório apontou a prevalência de brechas nas plataformas, que permitem a proliferação do ódio anti-LGBTQ em espaços digitais que priorizam a liberdade de expressão. 

Há uma necessidade urgente de supervisão regulatória eficaz do setor de tecnologia – e especialmente das empresas de mídia social – com o objetivo de proteger as pessoas LGBTQ, e todas as pessoas, dos impactos perigosos de um setor que continua a priorizar os lucros corporativos em detrimento do interesse público“, disse a diretora sênior de segurança em mídias sociais da GLAAD, Jenni Olson.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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