Escola primária é elogiada por incorporar educação inclusiva LGBTQ+ em todo o ensino 

Uma escola de Glasgow, cidade na Escócia, foi elogiada depois de se tornar a primeira do país a incorporar totalmente a educação inclusiva LGBTQ+ em todo o seu currículo escolar. Com a ajuda de alunos, pais e professores, a Castleton Primary implementou e avaliou a eficácia da educação LGBTQ+, tornando-se a primeira escola a implementar a abordagem nacional do governo escocês à educação inclusiva.

Em 2019, o governo escoces lançou um pacote de recursos para ajudar as escolas a aproveitar as práticas existentes para promover a igualdade, reduzir o bullying e melhorar as experiências das crianças e jovens LGBTQ+. E, na terça-feira (22/08), a secretária de educação da Escócia, Jenny Gilruth, visitou a escola e elogiou o “marco importante”. “Melhorar a inclusão do ensino já melhorou as experiências dos jovens, resultando em menos bullying e comportamento anti-LGBTQ+, dentro e fora da sala de aula“, disse ela, segundo informou o portal Pink News.

O conselheiro do Partido Verde escocês, Blair Anderson, elogiou o governo pelo seu trabalho e destacou que, quando estava na escola, a falta de tal iniciativa o levou a ser “exposto, intimidado e deixado de fora”. Se estivesse em vigor, ele não teria se sentido tão “errado ou tão sujo ou tão pecaminoso ou envergonhado de quem eu era”, acrescentou Anderson.

“Passei a maior parte da minha adolescência tão enojado de quem eu era, da minha sexualidade, que não sabia que o que estava passando naquela época era errado. Como não tive uma educação inclusiva para LGBT, também não tive uma infância“, concluiu ele.

No Brasil, a Aliança Nacional LGBTI+ lançou recentemente o Manual de Educação LGBTI+, que busca promover a diversidade sexual e de gênero no ambiente educacional. À CNN Rádio, Toni Reis, que é presidente da entidade, explicou que o texto quer uma escola “sem bullying, sem preconceito”, além de ser segura para “todas as pessoas, independentemente das características delas.

“Há uma pesquisa que aponta que 60% deles não sabem lidar com situação de opressão e violência contra alunos LGBT”, disse Toni. Ele destaca que a escola é o segundo momento de maior socialização, atrás do ambiente familiar. Toni aponta que o “profissional tem a obrigação de intervir [quando há violência]”, já que ele é a autoridade dentro da sala de aula. “A reinvindicação é para que haja capacitação nas universidades e faculdades, para depois haver reforço continuado, periódico”, defendeu.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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