Iraque obriga imprensa do país a trocar “homossexualidade” por “desvio sexual”

A Comissão de Mídia e Comunicações do Iraque (CMC) emitiu, na última terça-feira (08/08), novas diretrizes para todas as empresas jornalísticas e mídias sociais do país, ordenando que parem de usar “homossexualidade” ao discutir pessoas LGBTQIA+ e, em vez disso, falem apenas de “desvios sexuais”.

O CMC também baniu o uso da palavra “gênero” e proibiu todas as empresas de telefone e internet licenciadas por ela de usar os termos em qualquer um de seus aplicativos. As autoridades alegaram que a medida visava assegurar os chamados valores sociais e supostamente manter a ordem pública. Ainda não foram publicadas penalidades específicas por violação da regra, mas isso pode incluir uma multa.

No Iraque, a homossexualidade não é explicitamente criminalizada, contudo, o governo tem usado cláusulas relacionadas à moralidade presentes em seu código penal para direcionar medidas contra membros da comunidade LGBTQIA+.

De acordo com o Equaldex’s Equality Index, projeto colaborativo que rastreia os direitos LGBTQIA+ em todo o mundo, dados coletados no ano passado sugerem que apenas 2% da população iraquiana apóia a homossexualidade, enquanto 55% se opõe a ela. O restante recusou-se a responder ou alegou não saber.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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