Dois anos após a guerra, Putin diz que russos voltaram ao país devido a banheiros neutros no exterior

O presidente russo Vladimir Putin afirmou que muitos dos seus compatriotas que viviam no estrangeiro estão agora retornando ao país porque é “muito difícil viver” com banheiros unissex. Não há números exatos de quantas pessoas deixaram a Rússia desde que Putin lançou a sua invasão em grande escala contra a Ucrânia em 2022, com estimativas que variam enormemente, mas, em maio, o Ministério da Defesa do Reino Unido estimou o número em 1,3 milhões só para esse ano.

Quase dois anos depois do início da guerra, alguns cidadãos russos estão de fato retornando. Para alguns, isto é forçado porque os países estão negando vistos aos cidadãos russos para viverem no exterior, enquanto outros estão voltando para cumprir responsabilidades familiares ou profissionais. Durante uma discussão televisiva na terça-feira (16/01), Putin ponderou por que ele acha que os cidadãos russos podem estar retornando ao país.

Ele acredita que os russos estão se mostrando contra o aumento dos “banheiros compartilhadas entre homens e mulheres” no Ocidente, de acordo com um vídeo partilhado no X/Twitter pelo jornalista da BBC Monitoring, Francis Scarr.Isso se tornou um fenômeno cotidiano e comum”, afirma Putin. “E para aqueles que deixaram a Rússia por vários motivos, muitos deles estão agora retornando ou pensando em voltar. É muito difícil viver em tais condições para pessoas com valores humanos tradicionais e normais”.

Durante mais de uma década, a administração de Putin utilizou a lei russa de “propaganda gay” para atingir pessoas LGBTQIA+, ativistas e qualquer pessoa considerada inimiga do Estado. Em dezembro de 2022, o parlamento russo reforçou a lei original de 2013, que impedia representações ou discussões de temas LGBTQIA+ em torno de menores, expandindo para abranger cidadãos de todas as idades.

Seis meses depois, a Rússia adotou uma nova legislação que proíbe cuidados de saúde de afirmação de gênero, alterando marcadores de gênero em documentos oficiais e dissolvendo casamentos de pessoas trans. Além disso, o país também proíbe que pessoas trans adotem ou assumam a tutela de crianças.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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