Homens trans compartilham como cirurgia peniana mudou suas vidas: “Aumento da autoconfiança”

Felix, artista trans, e outros homens trans falaram sobre os casos de preconceito que sofreram com suas cicatrizes provenientes da faloplastia, ou cirurgia peniana, comum em casos de homens trans. Muitas vezes a pele usada na cirurgia é retirada do antebraço, da coxa ou das costelas, deixando uma grande cicatriz, que foi motivo dos ataques nas redes sociais.

“O aumento da autoconfiança e do amor tem sido mais do que sonhei. Ainda fico surpreso com a sensação às vezes. Consigo me sentir mais seguro em situações que não sentia antes, como nos vestiários da academia. Eu não odeio minhas cicatrizes, cada uma delas conta uma história de uma época da minha vida em que superei dificuldades”, disse Felix em entrevista ao portal PinkNews.

Felix ainda falou sobre o seu processo de aceitação da cirurgia: “Se você perguntasse a alguém na minha vida se a transição me ajudou, seria um sonoro ‘sim’. A transição salvou minha vida, sinceramente, e fico muito triste porque tantas pessoas não conseguem receber os cuidados de que precisam. Sou incrivelmente privilegiado por ter a experiência que tive com a quantidade de apoio que dei”.

“Eu definitivamente estava muito nervoso. Quem não seria? Felizmente, eu tinha um grande sistema de apoio em casa que reservou um tempo para me ajudar na recuperação. Também fiz muitas pesquisas sobre a equipe cirúrgica e ouvi a experiência de outras pessoas trans que procuraram o mesmo cirurgião, então sabia que estava em boas mãos”, argumentou.

Sobre os ataques de transfóbicos, Felix foi sucinto: “Acho que tentar mudar as mentes [críticas ao gênero] é como bater a cabeça contra uma parede de tijolos”, disse ele. “Desisti de tentar fazê-los mudar de ideia e, em vez disso, me concentrei em ajudar pessoas trans. Tenho muitos grandes aliados no meu canal, e o trabalho que faço, partilhando a verdade da transição , a forma como esta teve um impacto positivo na minha vida – isso muda a opinião dos aliados e afasta-os da desinformação tóxica espalhada pelos críticos de género”.