Gianecchini rebate críticas por interpretar drag queen: “Misturam personagem com vida pessoal”

Reynaldo Gianecchini rebateu as críticas que vem recebendo pela sua atação como drag queen na peça “Priscilla, a Rainha do Deserto – O Musical”, que está em cartaz em São Paulo. Em um vídeo publicado no Instagram, nesta quarta-feira (03/07), o ator admite ter dito medo de fracassar e crise de pânico durante o processo de preparação para o trabalho.

“Um dos últimos personagens que fiz para a Netflix, fiz um abusador, um cara terrível, quase um psicopata. A série foi muito bem recebida, porque levantou várias questões importantes, e recebi muitos comentários positivos sobre meu trabalho e a série”, iniciou ele, ressaltando a aclamação que recebeu ao interpretar o líder de seita Matias Cordeiro na série “Bom Dia, Verônica“. “Agora, no meu trabalho recente, estou fazendo uma drag queen. É claro, tem gente que adora, e que fica maravilhado e curte, mas estou recebendo um monte comentários muito negativos de pessoas que misturam o meu personagem com a vida pessoal”.

“Lá, eles destilam todo ódio, sua raiva, seus preconceitos, falam coisas inacreditáveis. Queria falar para essas pessoas: tudo bem ser um psicopata, um abusador não acharam ruim, né? Não confundiram com minha vida pessoal. Mas uma drag queen sim. Muita gente não quer me ver nesse papel, querem me cancelar. Curioso, não é? Psicopata é legal, drag queen não é”, desabafou.

“Você vê por quê nós temos que fazer esses personagens? Tem muito para falar ainda. Esse é o Brasil que a gente vive”, disse. “E para quem confunde meu trabalho, meus personagens, com minha vida pessoal, eu digo: eu sou um ator. Eu realmente não ganho a vida fazendo drag queen mas, se essa fosse minha escolha, eu ficaria muito feliz”.

“São pessoas e artistas que admiro, as drags. O que não admiro e jamais quero ser ;e um cara preconceituoso, que dissemina ódio, raiva, que não acolhe, que tem raiva, que não é empático, que não segue a vida de verdade. Isso Deus que me livre”, finalizou.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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