Recrutados para o Estado Islâmico são obrigados a cometer crimes contra gays
Pessoas que vão à Europa na tentativa de recrutar novos integrantes para combates junto ao Estado Islâmico (EI), obrigam os candidatos a cometerem atos de terrorismo contra homossexuais, para que mostrem sua capacidade de lutar na Síria. A denúncia foi feita por um combatente jihadista preso pela Justiça da Bélgica.
Segundo ele, os ataque ocorridos no segundo semestre de 2015 serviram para demonstrar que os recrutas eram bons jihadistas e corajosos o suficiente para combaterem na Síria. De acordo com o menor, ele teria cometido seis ataques contra homossexuais, ao lado de outros candidatos recrutados para se juntar ao Estado Islâmico. O jovem acrescentou que, se não estivesse preso, “provavelmente estaria agora na Síria”.
Segundo ele, os ataques sempre ocorriam em bairros frequentados por gays em Bruxelas. Lá, eles atraiam os gays para encontros. Já na casa das vítimas, eles as maltratavam e roubavam objetos de valor. Para os investigadores do caso, todo o dinheiro roubado servia para arrecadas fundos para os combatentes na Síria. Salah Abdeslam, suspeito dos atentados de Paris em novembro, que ainda está foragido, foi visto em bares gays dias antes dos ataques.