Grupo LGBT russo denuncia campo de concentração gay na Chechênia
De acordo com informações do site Metro, cerca de 100 homens gays estão detidos em um campo de concentração na Chechênia, uma das repúblicas que compõem a Rússia e é predominantemente mulçumana. Segundo o grupo ativista russo LGBT Network, esse é o primeiro campo de concentração para cidadãos LGBT desde o Holocausto.
O campo estaria sendo utilizado para forçar a população homossexual a deixar a região. As repressões contra homossexuais começaram depois de um pedido para uma marcha de direitos gays na capital de Grozny. A situação dos LGBTs na Rússia piorou nos últimos anos depois que o presidente Vladimir Putin revogou uma série de direitos dos gays no país, em 2013. De acordo com o grupo LGBT, acredita-se que homossexuais têm sido assassinados na região.
O ativista Alexander Artemyev, da Anistia Internacional da Rússia, disse ao Metro que este é o caso mais difícil que o grupo já se envolveu. “Estamos prontos para evacuar as pessoas da região”, afirma. O líder da Chechênia, Razman Kadyrov, é próximo a Putin e é um dos responsáveis pela implantação das leis mulçumanas na região. Segundo informação oficial, a Chechênia nega as acusações e alega que não existem homossexuais na região.
Em relação à veracidade da denúncia, o grupo explica que, por causa do clima homofóbico que domina a região, com uma cultura que honra práticas de violência contra a comunidade LGBT, é praticamente impossível checar as informações.