Pastor é preso após comentários contra a comunidade LGBT: “Gays são pervertidos”

Conhecido por seu posicionamento anti-LGBT, o pastor Oscar Bougardt, líder da Igreja Calvary Hope, na Cidade do Cabo, África do Sul, foi sentenciado a 30 dias de prisão e multa de 500 mil rands, cerca de 140 mil reais. O motivo são seus comentários públicos sobre homossexuais.

O Tribunal da Igualdade na Cidade do Cabo, presidido pelo juiz Lee Bozalek, considerou que ele cometeu “desacato ao tribunal” após ter ignorado a ordem judicial que o proibia de fazer comentários antigays. No entendimento de Bozalek, os comentários de Bougardt “instilavam o ódio e eram claramente discriminatórios”. O pastor já havia sido processado pela Comissão de Direitos Humanos da África do Sul em 2014, após ter feito declarações antiLGBT. Na ocasião, o pastor não cumpriu pena por ter assinado um acordo, onde se comprometia a parar de fazer comentários homofóbicos.

Em janeiro de 2017, Bougardt disse em uma entrevista ao canal News24: “Por que devemos ser tolerantes com seu estilo de vida criminoso? Eu estou dizendo isso porque está provado que 99% dos pedófilos têm estilo de vida homossexual”. Por causa disso, Bozalek reabriu o processo contra Bougardt e disse que o pastor devia saber que haveria consequências legais se insistisse na sua postura. Na sentença o juiz afirmou que: “Essas declarações não apenas desumanizam gays e lésbicas, mas também promove ódio contra eles, sugerindo o apedrejamento”. A África do Sul é o único país africano que permite casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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