Travesti se finge de morta para sobreviver a enforcamento em Porto Velho

Uma travesti de 20 anos se fingiu de morta para poder sobreviver a um ataque no bairro Nova Esperança, em Porto Velho. Segundo relato da vítima à Polícia Militar (PM), na quinta-feira (17/10) ela foi agredida e enforcada depois de ir cobrar um mecânico por uma dívida de programa sexual. Dois homens foram presos pelo crime.

De acordo com boletim policial, a tentativa de homicídio aconteceu depois da travesti ir até a casa de um homem, de 33 anos, para cobrar o valor de um programa sexual feito entre os dois, ainda na quinta-feira. No imóvel, o suspeito e a travesti iniciaram uma discussão e depois passaram a se agredir com socos e pontapés. Neste momento a vítima foi arrastada pelo suspeito para dentro de um carro, onde dentro havia um jovem de 21 anos.

O rapaz de 21 anos então imobilizou a travesti pelo pescoço e o mecânico, de 33, assumiu a direção do veículo. A vítima foi levada pela dupla até um terreno baldio, onde sofreu novas agressões. Quando era enforcada por um dos suspeitos, a travesti diz que se fingiu de morta e então a dupla fugiu. Logo depois a vítima se levantou e pediu ajuda no prédio do Ministério da Agricultura, onde o vigilante de plantão acionou a PM. A vítima foi socorrida até a Policlínica Ana Adelaide para receber atendimento médico e logo depois os policiais encontraram os suspeitos do crime.

O mecânico de 33 anos confirmou ter discutido com a travesti por causa da dívida de programa sexual, mas alegou que estava sendo chantageado. Ele relatou ter conhecido a vítima há uma semana em um bar perto da rodoviária de Porto Velho, e, na quinta-feira, a mesma ameaçou contar publicamente que eles tinham ficado. Ainda segundo a polícia, o mecânico alega que já tinham pagado R$ 100 pelo programa sexual, mas a travesti teria o procurado novamente e feito novas chantagens. O homem relata que, durante a confusão, a vítima danificou o carro dele.

O mecânico e o rapaz de 21 anos receberam voz de prisão por tentativa de homicídio e foram levados à Central de Polícia. O veículo será periciado.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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