Infecções por HIV caem em taxa recorde em SP, mas aumentam entre idosos

As infecções por HIV tiveram uma queda recorde na cidade de São Paulo no último ano, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde. No entanto, a população maior de 60 anos foi a única, entre adultos, na qual foi registrado crescimento dos casos da doença.

No quadro geral, as novas infecções da capital caíram 18% entre 2017 e 2018 — foram registrados, no total, 3.145 novos casos de HIV na cidade. O índice de detecção, que indica o número de infectados a cada 100 mil habitantes, caiu de 32,7 para 26,8.

Esta é a maior queda nas taxas de infecção e detecção desde 1996. No entanto, entre os idosos, o número de novos casos de HIV aumentou 15% — foram registrados 106 novas infecções em 2018.

MOTIVOS

Um fator na queda geral de infecções foi a introdução da profilaxia pré-exposição (PrEP) no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma terapia com medicamentos antirretrovirais, oferecida a pessoas sem HIV de forma preventiva.

Normalmente, o PrEP é indicado para indivíduos que pertencem a grupos considerados mais vulneráveis ao HIV: jovens homossexuais, profissionais do sexo e casais em que apenas um dos parceiros é soropositivo, entre outros.

Enquanto isso, a vida sexual mais ativa dos idosos foi apontada como o motivo para o aumento das infecções entre essa população. Especialistas apontam também a falta de políticas públicas de HIV/Aids voltadas para esta faixa etária.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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