Homem processa banco de esperma após descobrir que sua doação foi dada a gays: “Me preocupo com as crianças”

Neil Gaskell, de 49 anos, processou uma clínica de fertilização in vitro após saber que seu esperma foi doado para casais gays e mães solos. Segundo informações do Sunday Mirror, a doação resultou na concepção de 13 bebês, sendo quatro filhos de casais heterossexuais.

Mesmo afirmando que crianças deveriam ser criadas por uma mãe e um pai, Neil insiste que não se trata de intolerância. “Eu aceito que algumas pessoas vão achar isso desconfortável, mas eu queria que qualquer filho nascido do meu esperma tivesse mãe e pai. Minha preocupação é com as crianças”, afirmou ele, que começou a doar para a clínica em 2010.

Os médicos da clínica observaram que o esperma de Gaskell possui uma “motilidade excepcionalmente alta”, tornando-o um doador ideal. A clínica então ofereceu um desconto para o tratamento de Gaskell e sua esposa, caso ele optasse por doar mais esperma. Gaskell fez isso com uma condição: ele não queria que seu esperma fosse dado a nenhum casal gay. Para isso, ele  preencheu um formulário de consentimento no qual especificava que seu esperma “não era para casais do mesmo sexo”.

Seis anos depois, ele foi contatado pela clínica de fertilidade que lhe disse que alguns erros poderiam ter sido cometidos. Ao saber que a clínica agiu contra a sua vontade, ele decidiu entrar com o processo. Gaskell afirma que a revelação destruiu seu casamento; ele e sua ex-esposa se separaram após receber a notícia. Depois de quatro anos, Gaskell venceu a batalha legal contra a clínica Fertilidade CARE, que resultou em seu pagamento esta semana.

“Eu gostaria de voltar no tempo e desejar que isso nunca tivesse acontecido, mas agora o mais importante é como essas crianças se sentem”, disse Gaskell sobre sua vitória na corte. “Se eles tiveram uma boa educação, seria música para meus ouvidos. Mas se eles passaram por um momento difícil, seria de partir o coração”.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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