Jogador de futebol britânico Matt Morton sai do armário aos 30 anos: “Gostaria de ter percebido isso há 10 anos atrás”

O jogador britânico Matt Morton, de 30 anos, celebrou o “Coming Out Day” da melhor forma possível: assumindo sua homossexualidade. Em entrevista ao site SkySports, Morton conta que passou a aceitar sua sexualidade em 2018, quando, após anos namorando mulheres, sentiu algo por outro homem.

Pareceu muito surreal para mim, mas ao mesmo tempo parecia muito natural”, diz Morton. “Eu não tive aquele romance da Disney em nenhum momento com nenhuma das garotas que namorei“, conta ele, que aos poucos começou a se abrir para as pessoas mais próximas. No entanto, quando decidiu sair do armário para os seus pais, as coisas ficaram difíceis. “Não veio de um lugar de ódio”, diz Morton sobre o preconceito inicial de seus pais.

“Veio de um lugar de ignorância. Só posso imaginar que para o meu pai – por um curto período de tempo – foi como se uma pequena parte de seu mundo desmoronasse. Não conversamos por algumas semanas e essa decisão foi minha. Foi a coisa certa a fazer, embora eu saiba que o machucou muito. Mas isso também pode ter desempenhado um grande papel em sua disposição de ser educado em torno disso“, explicou o jogador britânico. “É importante dizer que ele sempre se deu bem com qualquer outro gay que conheceu”, acrescenta. 

É que quando é seu próprio filho lhe contando depois de tantos anos… eu senti que ele estava desapontado comigo. Ele olhou para mim de uma maneira diferente – mas isso foi resolvido muito rapidamente”, afirmou o jogador. A angústia que Morton teve de enfrentar ao se revelar para os pais também alimentou um novo medo: como seus companheiros reagiriam? Para Morton, porém, o pior já havia ficado para trás.

Achei que havia uma chance de [uma reação homofóbica] – mas eu simplesmente não estava mais preocupado com isso”, explica ele. “E tenho o prazer de dizer que ninguém me tratou de maneira diferente. O que também é importante, eu acho, é não se tratar de forma diferente, senão as pessoas pisam em ovos e você também não quer isso. Você quer que tudo seja como era antes e para mim, é absolutamente.”

No final das contas, Morton diz que veio para ajudar na visibilidade e conscientização de atletas LGBTQ+. “Eu gostaria de ter percebido isso sobre mim mesmo há 10 atrás, ou até mais“, acrescentou o jogador. Antes tarde do que nunca, né gente?! E vamos de mais uma esportista do vale!

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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