Preso na Austrália por vender vídeos de sexo com ex no OnlyFans, brasileiro volta atrás e diz que venda foi consensual

Preso na Austrália acusado de filmar ilegalmente a si mesmo fazendo sexo com o namorado e vender as imagens no OnlyFans, o ex-comissário de bordo Fabrício Claudino da Silva mudou sua versão no processo e agora diz que seu ex-parceiro deu consentimento para a venda do conteúdo.

Fabrício originalmente se declarou culpado de todos os crimes em junho. No entanto, ele disse ao Tribunal Local Central de Sydney na última quarta-feira (02/12) que deseja mudar sua declaração para inocente. “Admito que filmei imagens íntimas e as distribuí”, disse ele a ABC News. “Mas eu fiz isso com o consentimento [dele]“. Ao tribunal, ele explica que só se declarou culpado sob “extrema pressão“, seguindo o conselho jurídico dado pelo então advogado Brett Galloway.Ele disse: ‘Se você continuar a se declarar inocente, seu caso será adiado para dezembro de 2020 ou talvez mais para definir uma nova data de audiência por causa da pandemia COVID-19’”, conta Fabrício.

Em sua defesa, o ex-comissário explica que sentiu que uma confissão o ajudaria a voltar para casa mais cedo para cuidar de sua mãe, que está lutando contra o câncer. “Eu sou o único apoio financeiro que ela tem desde que eu tinha 18 anos. Ela é minha prioridade no momento”, explica. “Se esta for a única maneira de sair da situação, concordo em me declarar culpado.” O novo advogado de Fabrício está tentando resgatar mensagens de texto entre seu cliente e seu agora ex-namorado. Nas mensagens, a dupla supostamente discute a conta OnlyFans.

O ex-namorado, que não teve a identidade revelada, afirma que a situação o traumatizou. Ao tribunal de justiça de Sydney ele disse que quando se conheceram no Rio de Janeiro, acreditava que o carioca de 32 anos era o “homem de seus sonhos”. “Minha dignidade foi vendida por U$12,99. Isso foi exploração sexual… isso foi violência doméstica”, lamentou o rapaz. Segundo ele, a exposição o deixou “com medo do mundo lá fora”.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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