Alexandre Mortagua revela em livro que sofreu “exorcismo gay” depois de se assumir aos 15 anos

Alexandre Mortágua promoveu, na última sexta-feira (19/08), uma rave de autógrafos, em São Paulo, para lançar seu livro “Aqui, Agora, Todo Mundo – Como estou me matando & outros venenos que podem me curar“. Primeiro livro escrito por Alexandre, a obra de 102 páginas é uma autoficção que traz narrativas atuais sobre o contexto de um jovem LGBTIQA+.

Em um dos trechos mais chocantes do livro, o filho de Cristina Mortágua com o ex-jogador de futebol Edmundo, conta que a mãe fez uma espécie de exorcismo ao tentar afastar dele o “demônio da homossexualidade” aos 15 anos. “Depois de muitos minutos conversando com seu deus imaginário, minha mãe se volta a mim, finalmente, e meu corpo inteiro arrepiou […] convicta de sua autoridade espiritual sobre minha vida, minha mãe não desistiu e agora perguntava para o meu demônio se o que me atormentava era o demônio da homossexualidade“, conta Alexandre na publicação.

Procurada pelo portal Splash, do Uol, Cristina nega que tenha exorcizado o filho. “Não houve exorcismo, e esse foi o grande choque que tive ao ler o livro e me fazer colocá-lo na estante“, conta a mãe, que não conversou pessoalmente com Alexandre sobre o teor do livro e diz que não gostou do que leu. “Eu não tinha uma rede de apoio como toda mãe é mulher deve ter. Tem se falado muito nisso ultimamente. Contratei uma psicóloga e coach picareta“, diz a ex-modelo. “O que havia era uma ‘missionária’ de uma igreja que orava por nós e nossa casa, e dizia que o que tinha no Alexandre era demônio e que eu tinha que escolher entre Jesus e o meu filho“, relembra Cristina.

Hoje, Alexandre entende o momento que sua mãe estava vivendo e diz perdoá-la. “Isso tudo parte de um lugar de fanatismo religioso que acontece muito ainda hoje em dia. Isso tem 12 anos, mas ainda acontece. Tentando buscar algum entendimento ela ficou sob influência de uma pessoa que era uma fanática religiosa”, diz o cineasta ao portal.

Sobre o pai, o ex-jogador de futebol Edmundo, o cineasta fala bem menos, mas conta que a aproximação definitiva se deu somente no ano passado. “Não posso e nem quero falar sobre como se deu essa aproximação, o que ele elaborou sobre isso, mas o que eu posso dizer é que a gente tem se conhecido”, revela ele.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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