Conhece o frottage? Médico conta curiosidades da prática conhecida também como briga-de-espadas

Conhecido nas redes sociais como @DoutorMaravilha, o médico infectologista dedicado ao estudo da população LGBTQIA+, Vinícius Borges, está sempre trazendo novidades e informações importantes sobre relações sexuais mais seguras em seus perfis. Nesta semana, por exemplo, Vinícius compartilhou com os seus seguidores algumas curiosidades sobre o “frottage“, modalidade de sexo que consiste em esfregar os pênis (corpo, glande, meato uretral) para se obter prazer.

Conhecida também como “briga-de-espadas“, a prática não é exclusiva a homens cis gays e bissexuais. “Mulheres com pênis, sejam trans ou travestis, também praticam“, pontua o médico infectologista. “A palavra frottage vem do verbo francês ‘frotter’ que significa esfregar. É mais uma das incríveis variedades de sexo que não envolvem penetração“, conta ele. “Inclusive houve movimentos na década de 80, durante o auge da pandemia de Aids, que pregavam a realização apenas de formas de sexo sem penetração, já que o sexo anal desprotegido é de alto risco para transmissão de HIV. Exagerado? Sim. Não é o que você faz, mas sim como você faz que importa. Se usar preservativo, tá tudo certo“.

Vinícius explica que a modalidade faz parte do espectro da “gouinage“, prática “que tem se tornado cada vez mais popular entre jovens gays já que nem todos sentem vontade ou prazer com penetração anal“. Além do “frottage“, o médico chama atenção para outra forma de sexo sem penetração: o “docking” (atracar). “Consiste em introduzir sua glande dentro do prepúcio da outra pessoa , fazendo assim com que os dois pênis fiquem ‘conectados’ durante o ato“.

Segundo Vinícius, o “frottage” também está presente no reino animal. “Um curiosidade que eu amo, é que alguns animais também praticam frottage, como golfinhos e macacos bonobos“, revela ele. Por fim, o médico garante que a prática é realmente bem mais segura que sexos com penetração. “Mas embora a chance de transmissão de HIV seja praticamente zero, há risco de transmissão de HPV (que pode ser prevenida com vacinas), herpes, chato e gonorreia. Se houver lesão pode transmitir monkeypox, também“, ressalta. “Portanto, se quiser mais proteção utilize camisinha. Gel lubrificante é importante também!”

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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