Uma injeção “ultra” de PrEP apenas três vezes por ano pode estar a caminho; confira

Um novo tipo de PrEP, que requer apenas três injeções por ano, pode estar a caminho. A FDA, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, aprovou injeções de cabotegravir em 2021 como forma de PrEP, para minimizar o risco de transmissão do HIV. O novo tipo de medicamento será administrado por profissionais de saúde com uma injeção intramuscular nas nádegas.

Agora, os fabricantes do medicamento, ViiV Healthcare, publicaram os resultados de um ensaio sobre uma forma fortalecida do medicamento. Se passar por mais testes, a empresa acredita que seria adequado para injeções a cada quatro meses. A nova forma do medicamento é chamada de “cabotegravir de ação ultralonga” (CAB-ULA). A ViiV apresentou suas descobertas na semana passada na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI 2024) em Denver, Colorado (EUA).

O ensaio incluiu 70 participantes. Os pesquisadores testaram a injeção da nova formulação do medicamento em três dosagens diferentes, tanto como injeção intramuscular quanto como injeção subcutânea. As injeções intramusculares geralmente são mais profundas e precisam ser administradas por um profissional de saúde. Já as injeções subcutâneas são aplicadas na gordura logo abaixo da pele e às vezes podem ser auto-administradas em casa.

Alguns dos participantes do estudo receberam o cabotegravir regular mais outro medicamento conhecido como rHuPH20. Este último permite que uma quantidade maior de cabotegravir seja injetada de uma só vez. No entanto, embora tenha provado ser uma protecção eficaz contra o HIV, muitos dos participantes sofreram efeitos secundários com a injecção. Segundo o aidsmap, oito tiveram “reações graves”, sendo que um necessitou de tratamento de feridas.

Já a nova formulação CAB-ULA foi tolerada muito melhor. Embora a maioria das pessoas que o receberam apresentassem alguma vermelhidão no local da aplicação, os efeitos colaterais foram leves. A droga foi absorvida mais lentamente e durou muito mais tempo dentro do corpo. Daí os quatro meses entre as injeções.

O novo “ultra” cabotegravir avançará para um ensaio clínico mais amplo. “Estamos ansiosos pelo desenvolvimento clínico deste medicamento promissor”, disse o Dr. Kelong Han, principal investigador do estudo. “À medida que olhamos para o futuro, novos avanços nos medicamentos de ação mais prolongada têm o potencial de revolucionar a forma como o HIV é tratado e prevenido.”

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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