Matheusa foi morta após tentar tirar arma de traficante, diz polícia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito da morte da estudante da UERJ, Matheusa Passarelli, de 21 anos, assassinada em abril de 2018. Segundo as investigações, ela foi morta em um “tribunal do crime” no Morro do 18, na zona norte da cidade, após tentar tirar o fuzil de um dos traficantes.

“No inquérito, concluiu-se que Matheusa se desentendeu com os traficantes locais e tentou pegar a arma de um deles, sendo alvejada e seu corpo ocultado dentro da comunidade”, afirma a Polícia Civil em trecho do inquérito publicado pelo portal Uol. Segundo relatos, a vítima estava em surto e os criminosos a encontraram transtornada e nua na comunidade. Ela foi cercada e, ao tentar afastar o cano de um fuzil, foi atingida.

Matheusa, que se identificava como uma pessoa com identidade de gênero não binária, ou seja, que não se via como homem e nem como mulher, foi levada para o topo da comunidade, onde passou por um tribunal do crime. O corpo de Matheusa nunca foi encontrado. De acordo com as investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), ela foi assassinada com um tiro de fuzil e o cadáver foi esquartejado e incinerado.

A Justiça decretou a prisão dos traficantes Genilson Madson Dias Pereira, o GG, e Messias Gomes Teixeira, o Feio, considerado chefe do tráfico no Morro do 18. Eles são acusados de homicídio doloso e ocultação de cadáver. Segundo o G1, o caso foi reconstituído após uma série de diligência em que os moradores foram ouvidos sobre o caso. A polícia busca o criminoso conhecido como P da Boa, que seria responsável pelo disparo que matou Matheusa.

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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