Secretário de Cultura se demite após Bolsonaro proibir filmes LGBTs: “Não vou consentir com a censura”

O secretário de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Henrique Pires, anunciou na última quarta-feira (21/08) que deixará o cargo do órgão, vinculado ao Ministério da Cidadania, chefiado por Osmar Terra. Pires decidiu pedir demissão de seu cargo após ser revelado que o presidente Jair Bolsonaro mandou proibir editais a filmes e séries que tenham qualquer temática LGBT envolvida.

“Eu não vou fazer apologia a filtros culturais”, diz Pires. “Para mim, isso tem nome: é censura. Se eu estiver nesse cargo e me calar, vou consentir com a censura. Não vou bater palma para este tipo de coisa. Eu estou desempregado. Para ficar e bater palma pra censura, eu prefiro cair fora”, continuou.

“Eu tenho o maior respeito pelo presidente da República, tenho o maior respeito pelo ministro, mas eu não vou chancelar a censura”, afirmou o ex-secretário à mídia. E finalizou: “Não concordo com a colocação de filtros em qualquer tipo de atividade cultural. Não concordo como cidadão, e não concordo como agente público, você tem que respeitar a Constituição”.

Desde 2016, Pires chefiava o gabinete do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Ele é graduado em Estudos Sociais pelo Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel – RS), com especialização em formulação de políticas públicas pela Universidade de Salamanca (Espanha).

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

Você vai curtir!