Supremo Tribunal Federal votará sobre doação de sangue feita por homens LGBTs
No próximo dia 11/03 o Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar a discussão que decidirá se homens LGBTs podem doar sangue, com as mesmas regras aplicadas a homens heterossexuais. Enquanto isso, a falta de sangue coloca muitas vidas em risco.
A decisão do STF pode, literalmente, salvar vidas, pois a estimativa é de que cerca 19 milhões de litros de sangue deixam de ser doados no Brasil todos os anos, por puro preconceito. Atualmente, um homem que teve relações sexuais com outro homem só pode doar sangue após 12 meses sem fazer sexo com outro homem, porém, a mesma medida não é tomada quando um homem se relaciona sexualmente com uma mulher.
Todo sangue doado é testado e só é aceito e liberado para transfusão, pelos bancos de sangue, se não estiver contaminado pelo vírus HIV, entre outros. Esta proibição para homens LGBTs mais alimenta o preconceito e a discriminação que protege de fato quem precisa de doação de sangue. Se você é homem e teve mesmo que uma única relação sexual com outro homem, seu sangue é automaticamente rejeitado.
Para que mais vidas possam ser salvas e que esta discriminação termine, o Igor Lima criou o abaixo-assinado virtual “Sangue Limpo é Sem Preconceito”, que será entregue ao Supremo Tribunal Federal, na tentativa de que, enfim, o sangue de homens LGBTs também possa ser usado pelos bancos de sangue de todo o país.