Igreja de São Paulo pune padre e o proíbe de celebrar casamentos após abençoar união homoafetiva
Foto: Redes Sociais/Reprodução
O padre Vicente Paula Gomes foi suspenso pela Diocese de Assis, em São Paulo, por celebrar uma união homoafetiva no ano passado. Afastado de suas funções desde dezembro de 2019, o religioso não poderá realizar nenhum casamento até 8 de dezembro de 2021 como forma de punição.
“Enquanto sacerdote e pároco, sua má conduta na ação celebrativa incentivou a cultura gay, gerando escândalo”, descreveu a diocese em documento divulgado na última quarta-feira (26/08). Ainda segundo o documento, o padre também está proibido de participar de programas da mídia ou utilizar qualquer meio de comunicação por três anos, assim como se abster de “exprimir opiniões sobre a doutrina da Igreja Católica no que se refere ao Sacramento do Matrimônio”. Além disso, ele terá de frequentar “curso sobre Matrimônio, segundo a perspectiva teológica, jurídica e pastoral (na Faculdade João Paulo II, da Província Eclesiástica de Botucatu)“.
Assinado pelo bispo diocesano de Assis, Dom Argemiro de Azevedo, o documento ainda informa que, apesar de não ter havido denúncia formal contra o padre, a celebração repercutiu na mídia e nas redes sociais. Por isso, foi instaurado um procedimento de investigação.
Durante a cerimônia, em 2019, o pároco chegou a defender o direito do casal de ser considerado uma família. “Achamos que lar basta ter um homem e uma mulher. Família não é só isso. Nuclear uma família significa criar condições para uma vida digna. Por isso, é com alegria que estou aqui”, disse o padre Vicente ao celebrar o casamento.