RJ: Estudante transexual diz ter sido orientada a não usar banheiro feminino de escola em Niterói

Uma estudante trans denunciou ter sido vítima de transfobia na escola estadual onde estuda, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (09/02), em um relato nas redes sociais, ela diz ter sido abordada por uma inspetora do Colégio Liceu Nilo Peçanha após ter usado o banheiro feminino da instituição.

Hoje no dia 9 de fevereiro de 2022, por volta das 8 da manhã, quando eu saía do banheiro, uma das inspetoras da escola me abordou e me perguntou se eu estava usando o banheiro feminino. Eu a respondi que sim e ela disse o que segue: ‘Não! Você não pode usar o banheiro das meninas e lá na sua matrícula diz que seu nome é outro’ (referindo-se ao meu nome de registro que ocorre de ser masculino), escreveu. A aluna conta que logo após o ocorrido encontrou com uma amiga no corredor, que também é trans, e contou o que havia acontecido. “Momentos depois encontrei uma amiga, também trans, no corredor, e contei o caso e logo ela me levou à diretoria para relatar a transfobia”, continuou.

Segundo a jovem, a diretora também a orientou a usar o banheiro masculino para pessoas com deficiência. “Chegando lá fui orientada pela diretora a usar o banheiro masculino para pessoas com algum tipo de deficiência nas pernas até o caso fosse levado para a Seeduc”, relatou. “Não podemos deixar que isso volte a acontecer. Porque é por conta desse tipo de atitude que muitas pessoas trans deixam de estudar“.

Em nota, a Seeduc informou que o caso se tratou de um equívoco de uma funcionária do Liceu Nilo Peçanha. A pasta esclareceu ainda que “há dois anos, um banheiro especial foi criado para atender ao público LGBTQIA+ na escola. No entanto, não há regra para o uso exclusivo deste banheiro“. “A direção da unidade vai registrar o caso em ata e orientar a funcionária a agir de maneira adequada“, informaram.

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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