Uma estudante trans denunciou ter sido vítima de transfobia na escola estadual onde estuda, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (09/02), em um relato nas redes sociais, ela diz ter sido abordada por uma inspetora do Colégio Liceu Nilo Peçanha após ter usado o banheiro feminino da instituição.
“Hoje no dia 9 de fevereiro de 2022, por volta das 8 da manhã, quando eu saía do banheiro, uma das inspetoras da escola me abordou e me perguntou se eu estava usando o banheiro feminino. Eu a respondi que sim e ela disse o que segue: ‘Não! Você não pode usar o banheiro das meninas e lá na sua matrícula diz que seu nome é outro’ (referindo-se ao meu nome de registro que ocorre de ser masculino)“, escreveu. A aluna conta que logo após o ocorrido encontrou com uma amiga no corredor, que também é trans, e contou o que havia acontecido. “Momentos depois encontrei uma amiga, também trans, no corredor, e contei o caso e logo ela me levou à diretoria para relatar a transfobia”, continuou.
Segundo a jovem, a diretora também a orientou a usar o banheiro masculino para pessoas com deficiência. “Chegando lá fui orientada pela diretora a usar o banheiro masculino para pessoas com algum tipo de deficiência nas pernas até o caso fosse levado para a Seeduc”, relatou. “Não podemos deixar que isso volte a acontecer. Porque é por conta desse tipo de atitude que muitas pessoas trans deixam de estudar“.
Em nota, a Seeduc informou que o caso se tratou de um equívoco de uma funcionária do Liceu Nilo Peçanha. A pasta esclareceu ainda que “há dois anos, um banheiro especial foi criado para atender ao público LGBTQIA+ na escola. No entanto, não há regra para o uso exclusivo deste banheiro“. “A direção da unidade vai registrar o caso em ata e orientar a funcionária a agir de maneira adequada“, informaram.