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Scruff fecha parceria com portal LGBTQ+ e lança campanha voltada à saúde e transfobia no mês da Visibilidade Trans

Desde 2004, o dia 29 de janeiro – quando Brasília foi palco de um ato nacional para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito” – foi instituído como o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Uma data para lembrar e combater a violência, a discriminação, a desinformação, o preconceito e a transfobia sofridos por um dos grupos sociais mais vulneráveis da nossa sociedade, a população trans.

Pensando nisso, o Scruff e seu parceiro de conteúdo, o Gay Blog BR, fazem uma ação conjunta no mês de janeiro para reforçar a luta pela visibilidade e direito de pessoas Trans. A ação consiste em três frentes: infográfico sobre a data, postado em suas redes sociais com alerta no app, postagem de dois vídeos, um sobre a importância de discutir saúde trans e outro sobre denúncia de transfobia no app, e uma entrevista com a médica infectologista Maria Felipe Medeiros, pessoa trans e não binárie feminina, que cobra uma atitude mais contundente das autoridades e da sociedade.

Mesmo com os avanços possíveis em questões como acesso à saúde, respeito aos nomes sociais, direito ao trabalho, à vida, entre outra reinvindicações, a população trans e travesti enfrenta inúmeros desafios no que se refere, principalmente, a área da saúde. Discriminação, acolhimento inadequado, despreparo dos profissionais, além da ausência de políticas públicas, foram alguns dos problemas citados pelo Relatório da CPI de Violência Contra Trans e Travestis de São Paulo, realizado em 2022.

Maria ressalta que, além da “transfobia escancarada” vista em diversos ambientes, por vezes os profissionais trans acabam atrasando processos que beneficiariam o acolhimento da própria comunidade dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), e também muitas vezes fora dele. Em suas redes, a infectologista abre também espaço para o diálogo e tira dúvidas sobre questões da saúde que envolvem a comunidade LGBTQIA+, como o alerta sobre o risco maior de mulheres trans e travestis se infectarem com HIV, devido as situações de vulnerabilidade as quais são expostas.

Hoje me sinto muito feliz de estar atuando em locais onde sou respeitada como médica, como infectologista e também como trans feminina, e, para além do respeito, atuo auxiliando o acesso das minhas e dos meus nestes locais. Hoje, em todos os locais que trabalho, eu minimamente trabalho com saúde LGBTQIAPN+”, comemora Maria.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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