Ex-BBB e professora da UFMG, Mara Telles é acusada de transfobia por alunos; universidade apura caso

Mara Telles, ex-BBB18 e professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) foi denunciada por estudantes por transfobia devido a uma postagem nas redes sociais. Na publicação, a docente questionou a expressão “pessoas que menstruam“. Em comunicado, Mara nega ter sido transfóbica e diz que está sendo vítima de calúnia e difamação.

A publicação foi feita no último sábado (11/03), no Twitter da docente. Na ocasião, a professora questionou uma matéria com o seguinte título: “Pessoas que menstruam terão absorventes distribuídos de forma gratuita“. A ex-BBB escreveu: “Estou começando a sentir saudades de quando só queriam a linguagem neutra“. Em seguida, afirmou que o movimento “se sente incluído no Dia da Mulher, mas omite o nome da mulher como beneficiária da distribuição“. Por causa desse post, o centro acadêmico pediu formalmente à UFMG, no último domingo (12/03), o afastamento da docente. A universidade afirmou, na última quinta (16/03), que está apurando o que aconteceu e analisando se há necessidade de abrir uma sindicância.

Em nota, a UFMG disse que “está tomando as providências pertinentes, por meio de apuração das manifestações recebidas das duas partes“. “Caso seja identificada a necessidade de abertura de sindicância, a Universidade procederá com as diligências formais“, informou. “A UFMG não compactua com comportamentos discriminatórios e preconceituosos movidos por orientação sexual ou com qualquer ação que não esteja alicerçada no respeito às pessoas“, afirmou a instituição.

Diante das críticas e da denúncia, Mara relatou ao G1 que acionou sua equipe jurídica para tomar “as medidas judiciais cabíveis” contra “as infundadas alegações“. “Gostaria de enfatizar que, ao contrário do que tem sido propagado, questionar a obrigatoriedade do uso da expressão ‘pessoas que menstruam’ não significa ser transfóbico. É possível e necessário promover o diálogo e o respeito às diferenças sem que isso implique acusações infundadas e práticas autoritárias advindas da cultura de cancelamento“, disse ao portal.

Infelizmente, [é uma cultura que] vem sendo produzida por movimentos autoritários. Eu sempre atuei em defesa da diversidade e inclusão, e isso pode ser comprovado por meio das minhas ações e projetos ao longo da minha carreira como professora“, alegou a professora.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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