Presidente ugandês pede a África que salve mundo da “degeneração” da homossexualidade

Em uma conferência realizada em Entebbe, o presidente ugandês Yoweri Museveni apelou aos países africanos que salvem o mundo da “degeneração” e “decadência” da homossexualidade, que visa “aniquilar toda a humanidade da face da terra”, informou nesta segunda-feira (03/04) a rádio estatal UBC.

“África deve proporcionar a liderança para salvar o mundo desta degeneração e decadência que é realmente muito perigosa para a humanidade. Se pessoas do sexo oposto deixarem mutuamente de se apreciar, como é que a raça humana continuará?”, questionou Musevini durante discurso. O presidente salientou durante a conferência que “famílias desfeitas criam homossexuais” e que as uniões homoafetivas não são genéticas, mas respondem a problemas “psicológicos” e que estas relações são “anti-humanas”. “Devem ser proibidas na sua totalidade“, disse ele, questionando também a educação sexual.

“As crianças são crianças. Como ousam invadir a sua infância e começar a ensinar-lhes questões sobre a idade adulta?”, continuou Musevini. “Uma pessoa que propõe casamentos entre pessoas do mesmo sexo procura aniquilar toda a humanidade da face da terra”. O presidente felicitou também os deputados ugandeses por terem aprovado recentemente uma lei anti-LGBT e prometeu não permitir “a promoção e publicidade da homossexualidade”, que não será “tolerada” no país. O projeto de lei, impõe a pena de morte para “homossexualismo agravado” e prisão perpétua para “recrutamento, promoção e financiamento” de “atividades do mesmo sexo”.

A conferência na qual o presidente fez os comentários teve como tema a preservação dos “valores familiares e soberania”, com a presença de políticos de 22 países africanos, incluindo Zâmbia, Quênia e Serra Leoa. A State House disse que parlamentares britânicos também foram à conferência.

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