Adultos LGBTQIA+ são mais vulneráveis a doenças cardíacas; entenda

Dentre os muitos desafios que a população LGBTQIA+ tem que enfrentar em nossa sociedade, existe um que pode passar despercebido: a saúde do coração. Estudos recentes revelam uma tendência preocupante na saúde cardiovascular de adultos LGBTQ+. Eles experimentam uma pior saúde cardíaca em comparação com seus pares heterossexuais cisgêneros.

Adultos LGBTQIA+ tem 36% mais chance de desenvolver problemas cardiovasculares do que que adultos cis heterossexuais concluiu a Associação Americana do Coração. Este numero fica ainda mais alarmante quando olhamos somente para a comunidade trans: mulheres transgênero têm quase o dobro de chances de ter doença arterial coronariana e sofrer derrames em comparação com mulheres cis e três vezes mais chances de ter ataques cardíacos. Homens transgênero têm mais que o dobro de risco de ter um ataque cardíaco em comparação com homens cis.

Dra. Rekha Mankad, cardiologista da Mayo Clinic, explica o que pode estar colocando os adultos LGBTQ+ em maior risco de doenças cardiovasculares e o que pode ser feito para diminuir esse risco: “A comunidade LGBTQIA+ costuma sofrer mais discriminação e estigma de seus indivíduos o que pode causar uma menor procura por médicos para  fazer exames de saúde regulares”, conta ela.

Cerca de metade das pessoas LGBTQIA+ dizem ter sofrido discriminação no ambiente de saúde, o que é um fator que as torna menos propensas a consultar o médico do que pessoas heterossexuais cisgêneros. Outro fator preocupante é a alta incidência do stress provindo da descriminação. LGBTs correm maior risco de sofrer de problemas de saúde mental como depressão, estresse crônico e ansiedade, conforme a National Alliance on Mental Illness. Ansiedade, depressão, estresse e relacionamentos com as famílias podem ser exacerbados para as pessoas da comunidade devido a suas identidades sexuais e de gênero marginalizadas. Isso é conhecido como estresse minoritário.

Dadas essas preocupações, é crucial que as pessoas da comunidade LGBTQ+ sejam proativas em relação à saúde do coração. Quando se trata de prevenção de doenças cardiovasculares, conhecer seus fatores de risco também é fundamental. Pressão alta, colesterol alto, tabagismo, diabetes, sedentarismo e obesidade podem aumentar a possibilidade de doenças cardíacas, então é importante ficar atento aos hábitos.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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