Copa do Mundo Feminina de 2023 terá recorde de atletas LGBTQ+; seleção brasileira lidera lista

A Copa do Mundo Feminina deste ano receberá um número recorde de atletas LGBTQIA+. Pelo menos 88 atletas assumidas competirão no torneio, que será realizado no final deste mês na Austrália e na Nova Zelândia. Isso representa 12% das atletas que competem atualmente e mais que o dobro do que competiu na Copa do Mundo de 2019, que registrou 38 jogadoras fora do armário, de acordo com a Outsports.

Enquanto 32 equipes estão competindo este ano, contra 24 em 2019, a tendência ainda reflete uma mudança positiva na aceitação em campo. O número de mulheres lésbicas e bissexuais quase triplicou, enquanto o número de equipes aumentou apenas um terço. A maioria vem das Américas, Europa, Austrália e Nova Zelândia, onde a aceitação LGBTQIA+ é mais difundida do que no Oriente Médio, África e muitos países asiáticos.

Na Nigéria e na Zâmbia, as pessoas da comunidade podem ser presas, mas na África do Sul a homossexualidade é legal há mais de 25 anos. Hoje, duas mulheres da equipe do país são abertamente LGBTQIA+. Há também duas atletas principais assumidas: Pia Sundhage, do Brasil, e Bev Priestman, do Canadá. Oito dos 22 times com capitães são liderados por jogadores LGBTQIA+, um quarto do total de 32 times. Em comparação, não havia jogadores LGBTQ+ competindo na Copa do Mundo Masculina em novembro passado.

O Brasil tem o maior número de atletas fora do armário, com nove jogadores se identificando publicamente como LGBTQIA+ – mais de um terço do time. A Irlanda e a Austrália têm oito cada, a Suécia tem sete e a Holanda tem seis. Os Estados Unidos têm apenas três, ante cinco em 2019, incluindo Megan Rapinoe, duas vezes vencedora da Copa do Mundo e três vezes vencedora do ouro olímpico.

Tanto Rapinoe quanto Marta, do Brasil, estão jogando sua última Copa do Mundo, já que Rapinoe anunciou sua aposentadoria no início desta semana. Marta está disputando sua sexta Copa e é considerada uma das maiores jogadoras de futebol feminino de todos os tempos.

VEJA + NO PHEENO TV

Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

Você vai curtir!