“Vermelho, Branco e Sangue Azul” quebra molde de histórias queer no cinema

A adaptação cinematográfica do romance queer mais vendido de Casey McQuiston está no ar há apenas alguns dias e é quase impossível de ignorá-lo. Tem uma premissa simples, embora um tanto exagerada: o príncipe real britânico Henry é o arqui-inimigo do filho da primeira mulher presidente dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz.

Talvez o mais revelador seja que o filme quase instantaneamente se tornou o filme mais assistido do Prime Video no fim de semana. Com promoção reduzida por conta da greve em Hollywood, ele contou com a ajuda dos gatos Nicholas Galitzine, que interpreta Henry, e Taylor Zakhar Perez (Alex), e se tornou um precedente para o quão bem-sucedido um filme queer divertido e cafona pode ser.

Não é sempre que os romances queer se tornam sucesso mainstream e, quando o fazem, as histórias geralmente estão fortemente ligadas a traumas como Brokeback Mountain e Moonlight, que ganhou o Oscar de melhor filme em 2017. E, ao contrário desses, é altamente improvável que a comédia romântica de Matthew López receba uma menção passageira quando se trata do Oscar.

Mas o espaço para filmes queer românticos tem sido tão pequeno, e o sucesso tem sido tão escasso, que este merece ser celebrado. Os últimos cinco anos nos mostraram que existe, no geral, um mercado para histórias LGBT felizes. Heartstopper da Netflix, embora seja uma série de TV, rapidamente se tornou um sucesso com sua segunda temporada recém-lançada conquistando 6,1 milhões de visualizações em sua primeira semana.

Brokeback Mountain fala sobre a homofobia arruinadora da vida, enquanto Moonlight mergulha na luta para perceber sua identidade queer. Heartstopper reflete a jornada de amadurecimento que tantos adolescentes LGBTQ + enfrentam, enquanto Bros e Fire Island exploram a vida adulta queer e todas as travessuras sexuais hilárias e confusas que a acompanham.

Vermelho, Branco e Azul Royal, até certo ponto, faz tudo o que foi dito acima. Há humor leve, algumas cenas de sexo e sentimentalismo doce, além do medo debilitante de assumir. É a perfeição cinematográfica, digna de inúmeros prêmios e aclamação da crítica? Não. É só uma história inofensiva e divertida que vale a pena assistir.

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