Donatella Versace critica leis anti-LGBTQIA+ da Itália ao dirscursar sobre o irmão Gianni
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Felipe Sousa- 0
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O ícone da moda italiana Donatella Versace fez um discurso poderoso no CNMI Sustainable Fashion Awards durante a Milan Fashion Week, onde criticou os esforços do governo de extrema direita na Itália para restringir os direitos dos casais e pais LGBTQIA+.
No seu discurso apaixonado, Versace denunciou as políticas anti-LGBTQIA+ que foram implementadas pelo governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, incluindo restrições aos direitos parentais casais homoafetivos e uma proibição nacional de barrigas de aluguer para casais do mesmo sexo, punível com penas de prisão e multas altas. “Nosso governo está tentando tirar o direito das pessoas de viverem como desejam, eles estão restringindo nossas liberdades”, disse ela, segundo o The Hollywood Reporter.
Donatella, que atualmente atua como diretora de criação da marca de luxo de mesmo nome de seu irmão gay, Gianni Versace, depois que ele foi assassinado em 1997, também enfatizou a importância da liberdade de expressar abertamente a própria identidade, de construir famílias baseadas no amor e de amar quem quer que seja.
“Todos nós temos que lutar pela liberdade. Nesta altura em que as pessoas trans ainda sofrem uma violência terrível, em que os filhos de casais do mesmo sexo não são considerados seus filhos, em que as vozes das minorias estão a ser atacadas por novas leis”, disse ela. “Neste momento, ainda temos muito que fazer“. O público presente respondeu com sinceras ovações de pé à declaração da Donatella.
Ela estava recebendo o Prêmio Humanitário por Equidade e Inclusão e foi acompanhada no palco pelo político de esquerda italiano e ativista LGBTQ+ Alessandro Zan, a quem elogiou por sua voz crítica na defesa da igualdade e da inclusão. Donatella compartilhou uma história pessoal sobre seu irmão Gianni se assumindo gay aos 11 anos e como seu amor e aceitação tiveram um impacto profundo sobre ela.
“Construí minha família escolhida com amor incondicional”, disse ela. “Meus amigos e minha equipe não são definidos por raça, religião, idade, gênero ou orientação sexual, mas pela criatividade, abertura, alegria e gentileza – valores que importam. Se todos fôssemos mais acolhedores e compreensivos uns com os outros, que mundo extraordinário seria.”
