Curadora de escola alega que “espírito santo” a fez postar meme homofóbico nas redes

A administradora de um conselho escolar canadense alegou que postou um meme anti-LGBTQIA+ prejudicial nas redes sociais porque o “espírito santo” a disse para fazer isso. Monique LaGrange, que é membro do conselho das Escolas Regionais Católicas de Red Deer (RDCRS), no Canadá, foi criticada depois de postar duas fotos nas redes sociais em agosto.

A primeira foto era uma imagem em preto e branco de um grupo de crianças na Alemanha nazista agitando bandeiras com suásticas. Já a segunda era de uma sala de aula com crianças segurando bandeiras arco-íris do Orgulho LGBTQIA+. Acompanhando as fotos, LaGrange escreveu a seguinte legenda: “Lavagem cerebral é lavagem cerebral”. Embora ela tenha excluído a postagem logo depois, a conselheira rapidamente gerou um enorme alvoroço.

A RDCRS então iniciou uma investigação sobre a conduta de LaGrange para determinar se ela teria ou não permissão para permanecer no seu cargo. De acordo com um documento de 15 páginas, divulgado pelo Pink News, LaGrange argumentou que seu meme não fazia comparações diretas entre o nazismo e o orgulho LGBTQIA+. Em vez disso, ela afirmou que se tratava mais geralmente de crianças sendo doutrinadas. LaGrange explicou que acredita que as discussões sobre orientação sexual devem ser entre a criança, os seus pais e Deus, e que ela tem o direito de expressar os seus pontos de vista.

O documento também traz diversas menções ao espírito santo, nas quais LaGrange afirmou ter confidenciado antes de postar o meme anti-LGBTQIA+. “Ela perguntou ao espírito santo sobre isso”, diz o documento. “Ela afirmou que estava pensando mais na parte política da postagem do meme do que em qualquer outra coisa… O espírito santo disse: ‘Faça, vá em frente’. Então ela ‘compartilhou e pronto’.”

No entanto, o conselho da RDCRS rejeitou o argumento de LaGrange e decidiu que se esperava que ela proporcionasse um ambiente de aprendizagem seguro que “respeitasse a diversidade e promovesse um sentimento de pertencimento”. “Ao postar o meme, a curadora não demonstrou o devido decoro e respeito pelos outros”, diz o conselho. Concluindo a investigação, a RDCRS decidiu que LaGrange seria autorizada a manter o seu papel, mas enfrentaria uma série de sanções e seria forçada a pedir desculpas.