Google homenageia Cláudia Celeste, primeira transexual a aparecer em novelas brasileiras

Nesta segunda-feira (22/08), o Doodle (ilustração no topo do buscador Google), enaltece Cláudia Celeste, a primeira travesti a atuar como atriz em novelas no Brasil. A carioca fez história ao participar de “Espelho Mágico“, exibida pela Globo em 1977, e como personagem fixa de “Olho por Olho“, da Rede Manchete, em 1988. Além de atriz, ela também era cantora, dançarina, produtora e diretora.

Cláudia nasceu em 1952 no Rio de Janeiro. Antes de enveredar pelo entretenimento, ela chegou a servir no exércit. Aos 20 anos, ela se formou em beleza e passou a atender como cabeleireira em Copacabana, na zona sul carioca. A carreira artística começou também nesta época com participação em espetáculos como bailarina. Já em 1976, Cláudia venceu o prêmio de Miss Brasil Gay (atualmente, Miss Brasil Trans), que a colocou ainda mais no radar de produtores e outras pessoas do meio artístico. Após o título, ela foi chamada para atuar em filmes e novelas.

Em 1977, ela foi convidada pelo diretor Daniel Filho para participação na novela “Espelho Mágico”, contracenando com Sônia Braga. Nem ele, nem a equipe sabiam que a atriz era travesti. Os jornais da época noticiaram como “A primeira travesti na TV“, levando o produtor que a havia a contratado a descobrir a transsexualidade de Cláudia. Por medo da censura militar, a Globo acabou não transmitindo mais cenas com a atriz.

Em 1988, voltou às novelas, vivenciando a experiência de interpretar uma travesti: a Dinorá, da novela “Olho por Olho”, transmitida pela extinta Rede Manchete. Sua primeira aparição foi em 22 de agosto, por isso o Doodle foi ao ar hoje. No folhetim, ela foi oficializada como uma personagem fixa e se consagrou na história da televisão brasileira sendo quem ela se identificava desde sempre.

Antes disso, porém, a artista já tinha atuado em cinema, nos filmes “Beijo na Boca” (1982), de Paulo Sérgio de Almeida, e “Punks, Os Filhos da Noite”, de Levi Salgado. Cláudia ainda apostou na música, criando com o marido Wagner Borges a banda ‘Coisa que Incomoda‘. Cláudia Celeste faleceu aos 66 anos por complicações de pneumonia, em 13 de maio de 2018.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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