Mulheres LGBT são mais desfavorecidas no local de trabalho, revela estudo

As mulheres LGBTQI no Reino Unido, em média, são o grupo mais insatisfeito quando se trata de conversas sobre seu ambiente de trabalho, remuneração e progressão na carreira. De acordo com um novo relatório divulgado pela empresa de recrutamento Robert Walters, as mulheres LGBTQI+ experimentam as maiores desvantagens no local de trabalho.

O relatório intitulado “Relatório de estratégia de diversidade e inclusão com foco nas disparidades no local de trabalho” entrevistou 6.000 profissionais que analisam “diversidade e inclusão através das lentes de gênero e sexualidade”. As principais descobertas do relatório incluíram questões relacionadas a tratamento desigual e sentimentos de desconexão por funcionários que se identificam como LGBTQI.

Estatísticas alarmantes sobre mulheres queer na força de trabalho indicam que a discriminação no local de trabalho, baixos salários e desequilíbrios de gênero precisam ser corrigidos. No Reino Unido, atualmente, mais da metade das mulheres LGBTQI não sentem que estão sendo pagas de forma justa e uma em cada cinco mulheres LGBTQI vivem de “cheque a salário”.

Cerca de 50% das mulheres relataram que nunca haviam tentado negociar seu salário. O relatório constatou que o declínio de 5% no ano passado quando se tratava de mulheres negociando seus salários pode ser resultado de mudanças no local de trabalho, incluindo a “influência percebida da segurança no emprego, relações de trabalho com gerentes e equipes, bem-estar mental e o senso de comunidade nas conversas”.

As mulheres LGBTQI também experimentaram um declínio em seu bem-estar, com 75% relatando que sua saúde mental havia sofrido como resultado do COVID-19. Conforme relatado pela DiversityQ, diretora da Robert Walters, Lucy Bissett afirmou que, embora tenha havido melhorias em algumas áreas nos últimos três anos desde que a pesquisa foi realizada anualmente, havia mais a ser feito, “continuamos a ver a presença de experiências negativas de grupos minoritários ou marginalizados no local de trabalho”.