Após 4 anos, Jean Wyllys retorna ao Brasil no dia do “inelegível”

O ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL) voltou ao Brasil, na última sexta-feira (30), após quatro anos quando deixou o país, desistindo de seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados em meio a ameaças de morte feitas contra ele e sua família. O retorno se deu no dia em que Jair Bolsonaro (PL) foi condenado à inelegibilidade por oito anos pelo Superior Tribunal Eleitoral.

Wyllys, que foi fazer doutorado em Barcelona, postou mensagem em espanhol com foto diante do Palácio do Planalto, em Brasília, colorido pelas cores do arco-íris, em virtude da celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBT, no dia 28. O ex-deputado deixou o país no primeiro mês do governo Jair Bolsonaro.

Jean Wyllys, sempre entre os mais votados em suas eleições, sendo a última com mais de 25 mil votos, disse que havia tomado a decisão de deixar a vida pública em razão da intensificação de ameaças de morte de apoiadores de Bolsonaro, em especial após o assassinato da então vereadora Marielle Franco (Psol), tendo ele que andar escoltado após o episódio do crime.

Ele conta que as ameaças vinham pelas redes sociais, no telefone do gabinete em Brasília e em seu e-mail pessoal. Os textos chegaram a levar a Polícia Federal a abrir cinco investigações. Wyllys fez oposição intensa ao então presidente eleito e chegou a cuspir nele, em 2016, após discussão durante a votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara.

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