Liniker revela que transição foi toda assistida pela mídia: “muita violência”

Em entrevista ao podcast PodPah, a cantora Liniker, premiada recentemente com um Grammy, compartilhou como foi passar por sua transição de gênero no momento em que começou a fazer sucesso no Brasil. A cantora e atriz de Araraquara (SP), que hoje é um dos grandes nomes da MPB e luta pela representatividade trans na música, revela a violência sofrida durante o processo.

“Acho que foi um dos momentos mais violentos da minha vida, porque foi aonde minha transição foi toda assistida pela mídia. Então as pessoas eram muito violentas. Nunca era sobre o meu trabalho, o que era dito, era sempre sobre minha identidade”, lamenta a cantora. “Durante muito tempo a gente tentava ‘vamos falar do disco’, porque era muito difícil falar da minha música, era muito difícil falar dos discos que a gente estava fazendo”, revela.

Liniker conta que bombou primeiramente com sua música, mas logo depois a mídia e os jornais mudaram a narrativa e focaram no gênero, mas também considera que o fato tenha sido importante, porque outras artistas trans surgiram com muita força a partir de sua exposição, mas ressalta que é reducionista caber apenas em um mês e em uma data e que esse lugar é muito restrito e mínimo para pessoas que podem falar de muitas coisas.

Liniker falou ainda sobre sua relação turbulenta com Lina (ex-BBB) com quem morou junto e dividia quarto, mas por vezes, tinha que dormir no sofá. A cantora lamenta que na época Lina não soubesse que a amava, e tenha tomado atitudes ruins, mas que venceram juntas tanto no relacionamento de amizade, como no trabalho.

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